quinta-feira, 27 de março de 2014

Pensamentos de Drummond

Biografia e Frases de Carlos Drummond De Andrade


"Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença,aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!!!! "


Carlos Drummond de Andrade

Fonte:
http://pensador.uol.com.br/frase/MTc0MDk/

O Centauro no Jardim


Sinopse

No interior do Rio Grande do Sul, na pacata família Tratskovsky, nasce um centauro: um ser metade homem, metade cavalo. Seu nome é Guedali, quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos. A partir desse evento fantástico, Moacyr Scliar constrói um romance que se situa entre a fábula e o realismo, evidenciando a dualidade da vida em sociedade, em que é preciso harmonizar individualismo e coletividade. A figura do centauro também ilustra a divisão étnica e religiosa dos judeus, um povo perseguido por sua singularidade. 
Guedali cresce solitário, excluído da sociedade. Numa narrativa provocadora, ele rememora sua vida desde o nascimento em Quatro Irmãos, passando pela juventude em Porto Alegre, até chegar ao Marrocos.



Fonte:

  • Internet
  • http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3453622/o-centauro-no-jardim

terça-feira, 25 de março de 2014

O Mapa

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(E nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E ha uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Mario Quintana

quarta-feira, 19 de março de 2014

Soneto de Fidelidade



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.


Postado por:
Prof.Jaqueline Ferreira

terça-feira, 18 de março de 2014

Aos leitores e escritores

Vamos movimentar este espaço !?
Envie textos, poemas , versos ou poesias de sua autoria ,seu poema favorito ou  trecho  que você mais goste para nós publicarmos neste espaço.
Se for sua autoria desde já  fica  o acordo de permissão para a divulgação ,caso  seja um trecho que não é de sua autoria não esqueça de identificar o  autor.
Os  textos devem ser enviados para o  seguinte e-mail ,que  após lido e avaliado será publicado:
escolaantoniodegodoy@gmail.com
Participe,este espaço é de todos!

Jaqueline Ferreira
Professora

segunda-feira, 25 de junho de 2012

     "Linguagem e ser; o lugar do mistério, é na linguagem que o ser se manifesta sendo esta, a casa do ser..."
          (Heidegger)

     " Cada indivíduo carrega dentro de si todos os textos que leu."
           ( Mikhail Bakhtin)